O training foi a minha primeira experiência e foi numa pequena aldeia perto de Budapeste.
Os líderes defendiam que todas as vezes que fizéssemos uma equipa, que procurássemos estar sempre com pessoas com as quais não tivéssemos ainda estado. E foi mais ao menos a meio do training que numa dessas escolhas de equipas, estávamos a ditar a equipa que iria ser a nossa até ao final, tanto na elaboração de um vídeo sobre reciclagem, como na animação de uma aula com alunos do 8º ano, noutra aldeia, chamada Balassagyarmat, a uns passos da fronteira húngara com a Eslováquia.
E não é que essa equipa, escolhida totalmente ao calhas, veio a provar que por vezes, juntar pessoas de cinco países diferentes, com diferentes culturas e diferentes opiniões, pode resultar muito bem e ficar imortalizado num vídeo do qual todos nos orgulhamos.
A primeira conversa que tivemos sobre como seria o guião do vídeo foi animada, mas na manhã seguinte apenas a Marina (espanhola) tinha feito o trabalho de casa e pesquisou algumas ideias. Mas o script original dela era criativo e todos fomos adicionando ideias. E cada ideia saiu perfeitamente no terreno. Dramatizamos um pouco, como se pudéssemos morrer se não reciclássemos e criamos a personagem da morte, levada a cabo pelo italiano de origem indiana (Raihan). Por outro lado criamos um herói que nos salvava da morte através dos seus ensinamentos, representado pelo Martynas (da Lituânia).
A Kristina (da Letónia) provou ter jeito para ser a camerawoman.
A Carla (minha irmã, de Portugal), eu e a Marina provámos ser bastante dramáticas face ao medo que a morte nos punha. E fomos dando ideias engraçadas a cada cena que fazíamos. Numa das nossas ideias desafiámos "a morte" a saltar na nossa direção - para parecer mais real - e ao saltar, a "morte" caiu, perdeu o seu foice, ficou com sangue nas mãos e ficou a mancar. Mas não parou. Ouve-se os gritos da Carla nessa parte.
Para nós é tudo divertido passado agora um ano, Divertido porque vemos o que quem não sabe a história não pode ver. Vemos a "morte" a dar um high five cauteloso, por ter sangue nas mãos, e dores. Vemos ele a coxear. Sabemos de quem foi aquele grito. Sabemos que foram os meninos que passaram horas na edição do vídeo, o Martynas, num computador com o idioma em italiano...
Intitulamo-nos de #AwesomeTeam desde o início, e acho que foi esse espírito de querermos fazer algo divertido que nos manteve unidos e que ficou imortalizado num vídeo...
Deixo aqui o vídeo,
As aulas também correram muito bem, foi animador para todos e foi um dia muito positivo :) Demos ainda um salto à Eslováquia! Algumas fotos:
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